Um estudo sobre as taxas de contatos sociais relevantes para a difusão de doenças infecciosas em um aglomerado brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0241Palavras-chave:
Survey epidemiológico, POLYMOD, Taxa de contato social, CliquesResumo
Inspirado no estudo POLYMOD, foi realizado, em junho de 2021, um survey epidemiológico num dos setores de maior densidade populacional e vulnerabilidade social de Belo Horizonte (Brasil). Uma amostra de 1.000 domicílios permitiu identificar, num período de 24 horas, as taxas de contatos sociais por faixas etárias, o tamanho e a frequência de cliques do qual participou o respondente, assim como outros fatores sociodemográficos associados (número de moradores do domicílio, local do contato, uso do transporte público, entre outros). Os dados foram analisados em duas fases. Na primeira, foram comparados os resultados entre dois modelos SIR que simularam um processo pandêmico de oito dias. Um incluiu parâmetros ajustados a partir das taxas de contatos observadas. O outro operou com parâmetros ajustados a partir de taxas projetadas para o Brasil. Na segunda fase, mediante uma regressão log-lin, modelamos os principais determinantes sociais das taxas de contato, utilizando o adensamento de cliques como uma variável proxy. A análise dos dados mostrou que o tamanho da família, a idade e os círculos sociais são as principais covariáveis que influenciam a formação dos cliques. Também demonstrou que modelos epidemiológicos compartimentais, combinados com taxas de contato social, têm melhor capacidade de descrever a dinâmica epidemiológica, fornecendo uma melhor base para medidas de mitigação e controle de doenças que causam síndromes respiratórias agudas.
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