Migrações e a dispersão espacial da população nas Regiões de Influência das principais metrópoles brasileiras
Palavras-chave:
Migração, Dispersão espacial, Regiões de InfluênciaResumo
A segunda metade do século passado é central na análise da distribuição espacial da população brasileira. Em poucos anos, diante do processo de urbanização e industrialização do país, resultado em boa medida da dinâmica migratória interna, grande parte da população e das atividades econômicas passou a se concentrar nos principais centros urbanos, sobretudo nos grandes aglomerados metropolitanos. Contudo, desde o final da década de 1970, alguns autores já aventavam a hipótese de reversão da polarização no Brasil, tal como formulado pelos modelos aplicados nos países desenvolvidos. Afora as recorrentes controvérsias sobre o tema, que acarretaram a difusão de expressões como “reversão da polarização”, “desconcentração concentrada”, “desenvolvimento poligonal”, entre outras, essa pesquisa tem como objetivo principal avaliar a atual magnitude da dispersão espacial da população brasileira, tendo como base as Regiões de Influência das principais metrópoles do país, conforme recorte proposto pelo IBGE. Para tanto, foram utilizadas as bases referentes aos Censos Demográficos de 1991 e 2000, que possibilitaram identificar os fluxos de população. Mesmo que os resultados não sejam conclusivos para todas as Regiões de Influência, no caso específico de São Paulo os valores para os estoques e fluxos, associados à dimensão distância, indicam a intensificação na ocupação dos espaços fora dos limites das Regiões Metropolitanas. O crescimento da emigração para a Região de Influência da metrópole paulista parece confirmar uma espécie de “dispersão polinucleada”, observando-se claros sinais de expansão no interior da Região de Influência, o que sugere o fortalecimento de determinados centros regionais e um maior dinamismo da economia local.Downloads
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