Os efeitos econômicos da pandemia de gripe espanhola de 1918: uma análise empírica da mortalidade sobre a economia de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0266Palavras-chave:
Gripe espanhola, Economia, MortalidadeResumo
O objetivo do artigo é identificar os efeitos econômicos da pandemia de gripe espanhola que atingiu São Paulo no final de 1918, analisando fontes primárias originais. A contribuição para a historiografia econômica é o entendimento dos impactos de curto prazo para a economia paulista dessa pandemia, geralmente preteridos pela literatura econômica devido aos efeitos da Primeira Guerra Mundial. Os resultados indicam que vários setores da economia de São Paulo foram afetados no lado da oferta e da demanda em função do aumento de mortalidade em decorrência da pandemia, principalmente no último trimestre de 1918. As implicações foram visíveis no investimento privado, com a queda do registro de empresas e empréstimos bancários, na diminuição física e de valor da produção industrial de produtos não essenciais e no aumento dos essenciais em um contexto de crise de saúde pública. No entanto, a recuperação também foi rápida, o que explica, em parte, a pouca atenção dada pela historiografia econômica para identificar os efeitos da gripe espanhola sobre a economia.
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