População, reprodução e saúde: anotações sobre a questão de uma política social

Autores

  • Maria Isabel Baltar da Rocha NEPO/Unicamp

Resumo

Objetiva-se analisar aspectos do processo político referente às decisões do Poder Público face às questões do controle da natalidade e do planejamento familiar no Brasil. Examinam-se a década de 70 e os anos de 80, detendo-se inicialmente no último período. Nesta ocasião, foi instituída uma nova diretriz concernente à política de saúde, que contempla os problemas da reprodução humana e da saúde da mulher e, no bojo destes, o planejamento familiar. Considera-se, portanto, que predominou, neste contexto, a resolução de uma política de saúde que atende ao planejamento familiar, e não uma política demográfica visando o controle da natalidade. Discute-se, entretanto, a estabilidade desta decisão governamental, a partir da constatação da existência de forças políticas e sociais que têm exercido grande pressão para que seja criada, no País, uma política populacional de cunho controlista. Finalmente, procura-se esclarecer como a questão se desenvolveu na década de 70, no intuito de apreender o processo que acabou por desencadear as decisões do Poder Público, em relação ao assunto, nos anos 80. Para tanto, é feita uma breve análise retrospectiva do tema, situando o cenário em que este evolui, bem como examinando principalmente a posição do governo brasileiro e de atores sociais envolvidos com esta problemática.

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Publicado

1988-12-30

Como Citar

Rocha, M. I. B. da. (1988). População, reprodução e saúde: anotações sobre a questão de uma política social. Revista Brasileira De Estudos De População, 5(2), 21–33. Recuperado de https://rebep.org.br/revista/article/view/573

Edição

Seção

Artigos originais