A relação entre renda e composição domiciliar dos idosos no Brasil: um estudo sobre o impacto do recebimento do Benefício de Prestação Continuada

Autores

  • Maira Andrade Paulo Universidade Salgado de Oliveira
  • Simone Wajnman Cedeplar/UFMG
  • Ana Maria Camilo Hermeto de Oliveira Cedeplar/UFMG

Palavras-chave:

Income transfer, Living arrangements of the elderly, Continuous Cash Benefit

Resumo

Este trabalho analisa o impacto do recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) sobre a composição dos arranjos domiciliares dos idosos pobres no Brasil. O BPC corresponde ao benefício mensal no valor de um salário mínimo (SM) destinado a idosos acima de 65 anos, cuja renda familiar per capita seja inferior a ¼ de SM. Essa discussão é bastante oportuna no atual contexto brasileiro, que vem sendo marcado por um acelerado envelhecimento populacional, por profundas mudanças nos arranjos domiciliares e pela ampla cobertura de seguridade social do idoso. Utilizando o método estatístico da “diferença em diferença” e os dados da PNAD de 2002 e 2004, são investigadas duas hipóteses discutidas na literatura sobre o tema: o recebimento de uma transferência incondicional de renda elevaria a probabilidade de os idosos viverem sozinhos, em função da autonomia conferida pela renda, ou aumentaria a probabilidade da corresidência com familiares devido à atração exercida pela renda. O resultado sugere a hipótese de que o recebimento do BPC, no Brasil, tem aumentado a probabilidade de formação de domicílios unipessoais.

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Publicado

2013-12-30

Como Citar

Paulo, M. A., Wajnman, S., & Oliveira, A. M. C. H. de. (2013). A relação entre renda e composição domiciliar dos idosos no Brasil: um estudo sobre o impacto do recebimento do Benefício de Prestação Continuada. Revista Brasileira De Estudos De População, 30, S25-S43. Recuperado de https://rebep.org.br/revista/article/view/382

Edição

Seção

Artigos originais