A transição da fecundidade no Brasil: investigação sobre os efeitos das crises exógenas nas tendências recentes de queda do número de nascidos vivos
DOI:
https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0283Palavras-chave:
Maternidade adolescente, Adiamento da fecundidade, Crise de saúde pública, Crise econômica, Análise de séries temporaisResumo
O Brasil passou por crises econômicas e sanitárias (epidemia de Zika vírus em 2015-2016 e pandemia de Covid-19 em 2020-2021), das quais muito se discutiu o potencial efeito sobre a fecundidade, ainda em transição. Neste artigo, utilizando o número de nascidos vivos oriundo do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e análises de séries temporais controladas por sazonalidade, tendência e ciclos harmônicos, investigamos instabilidades que podem sinalizar choques exógenos. A queda no número de nascimentos esconde importante heterogeneidade etária, regional e por escolaridade. Adolescentes e adultas jovens, especialmente as de baixa escolaridade, experimentaram importante queda, enquanto o número de nascimentos entre mulheres mais velhas vem crescendo, o que guarda relação com mudanças na composição etária e não são completamente explicadas quando controladas pelas tendências e sazonalidade. Análises das quebras estruturais revelam que os efeitos do Zika vírus e da pandemia de Covid-19 foram importantes, porém menores do que se especulou, dada a tendência de queda já existente. Ciclos econômicos parecem ser a melhor explicação para movimentos na fecundidade da década, especialmente para mulheres adultas. No entanto, os mesmos não explicam a queda dos nascimentos entre adolescentes e mulheres adultas jovens, que no início do período possivelmente estivera ligada a mudanças ideacionais; e durante a pandemia de Covid-19 pode ser explicada pela incerteza após anúncio da declaração de pandemia.
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