Contribuições teóricas para uma demografia dos desastres no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0227

Palavras-chave:

Desastres, Impactos, Vulnerabilidade, Adaptação, Demografia dos desastres

Resumo

As mudanças demográficas associadas à complexidade dos problemas ambientais contemporâneos, como as mudanças ambientais globais e os desastres tecnológicos, tornarão cada vez mais perene a (re)produção social dos riscos e desastres a eles associados. O artigo propõe reflexões que posicionem a demografia, particularmente no contexto brasileiro, de forma a incorporar esses desafios aos seus conceitos, teorias e metodologias de análise, consolidando o campo de estudos em demografia dos desastres. O percurso escolhido foi, inicialmente, o de revisitar conceitos presentes em estudos de população e ambiente, como riscos, danos, desastres, vulnerabilidade, adaptação e resiliência. Revisitamos a literatura produzida em demografia dos desastres, enfatizando a relação endógena entre desastres e a composição, distribuição e dinâmica demográfica. Em seguida, propusemos um marco teórico sobre demografia dos desastres, bem como sua operacionalização a partir de sete princípios. Por fim, discutimos como, tanto do ponto vista conceitual, teórico quanto metodológico, a demografia possui um papel fundamental para consolidar uma perspectiva científica que antagonize discursos de “naturalização” dos desastres e, consequentemente, contribua para criar ou aperfeiçoar políticas públicas e mecanismos de gestão e planejamento antes, durante e após os desastres.

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Biografia do Autor

Alisson Flávio Barbieri, Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte-MG, Brasil

Alisson Flávio Barbieri é PhD em City and Regional Planning, University of North Carolina at Chapel Hill (EUA). Professor titular do Departamento de Demografia e pesquisador do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), ambos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Raquel de Mattos Viana, Fundação João Pinheiro (FJP), Belo Horizonte-MG, Brasil

Raquel de Mattos Viana é doutora em Demografia pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pesquisadora em Ciência e Tecnologia da Fundação João Pinheiro.

Vanessa Campos de Oliveira Soares, Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte-MG, Brasil

Vanessa Campos de Oliveira Soares é mestre em Demografia pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pesquisadora no Subprojeto 03: Caracterização e Avaliação da População Atingida pelo Rompimento da Barragem da Mina do Córrego do Feijão em Brumadinho, Minas Gerais - Projeto Brumadinho/UFMG.

Raquel Aline Schneider, Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte-MG, Brasil

Raquel Aline Schneider é doutora em Demografia pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Analista de dados da Diretoria de Atenção Hospitalar e de Urgência e Emergência da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais - DAHUE/SES-MG.

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Publicado

2022-12-16

Como Citar

Flávio Barbieri, A., de Mattos Viana, R., Campos de Oliveira Soares, V., & Aline Schneider, R. (2022). Contribuições teóricas para uma demografia dos desastres no Brasil. Revista Brasileira De Estudos De População, 39, 1–29. https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0227

Edição

Seção

Artigos originais