Efeito-idade ou efeito-pobreza? Mães adolescentes e mortalidade neonatal em Belo Horizonte

Autores

  • Cibele Comini César Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte-MG, Brasil
  • Paula Miranda Ribeiro Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte-MG, Brasil
  • Daisy Maria Xavier de Abreu Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte-MG, Brasil

Palavras-chave:

Efeito-idade, Efeito-pobreza, Mortalidade neonatal

Resumo

O objetivo deste trabalho é testar a relação entre idade da mãe e mortalidade neonatal para Belo Horizonte em 1993. Será que o fato de a mortalidade neonatal ser mais elevada entre as crianças filhas de mães adolescentes é um simples efeito-idade, segundo o qual mães jovens não estariam fisiologicamente prontas para uma gravidez em termos de peso, altura e desenvolvimento do aparelho reprodutivo, fazendo com que crianças nascidas destas mães tenham maior risco de morrer neste período? Ou será que a maior mortalidade neonatal entre crianças filhas de mães adolescentes se deve a um efeito-pobreza - o baixo status socioeconômico destas mães? Com base nos dados do SIM e SINASC e em modelos logísticos, os resultados indicam que a idade da mãe não parece ter um efeito independente importante sobre a mortalidade neonatal. A introdução da educação da mãe no modelo explica parte considerável do risco de a mãe ser ainda adolescente. Portanto, o efeito-pobreza parece ser mais importante.

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Referências

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Publicado

2000-12-31

Como Citar

Comini César, C., Miranda Ribeiro, P., & Maria Xavier de Abreu, D. (2000). Efeito-idade ou efeito-pobreza? Mães adolescentes e mortalidade neonatal em Belo Horizonte. Revista Brasileira De Estudos De População, 17(1/2), 177–196. Recuperado de https://rebep.org.br/revista/article/view/1970

Edição

Seção

Artigos originais