Tipos de relaciones matrimoniales, roles de género y diferenciales socioeconómicas en Brasil

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0286

Palabras clave:

Rol de géneros, Estatus socioeconómico, Unión matrimonial

Resumen

El cambio en los patrones familiares observado desde la segunda mitad del siglo XX lleva a la necesidad de examinar la estructura familiar mucho más allá de los contornos típicos de tamaño y composición. Las transformaciones culturales, institucionales y valorativas de la sociedad, con sus efectos en la formación y disolución de las familias, muestran que la formación y la organización doméstica de las parejas se aleja cada vez más del modelo tradicional de especialización de género (male breadwinner/female homemaker). Abordando estos cambios para Brasil, este trabajo analiza las interrelaciones entre la simetría de los roles de género, los tipos maritales y la organización doméstica entre cónyuges/parejas. Utilizando datos del PNAD 2014, las parejas brasileñas fueron clasificadas según una escala de tradicionalismo de roles de género, en una aplicación metodológica del análisis de perfiles latentes. La evidencia muestra que la gran mayoría de las parejas aún se organiza en el país según una división tradicional de responsabilidades (42,4 %). Casi el 39 % de las parejas presenta características de la llamada revolución de género estancada: las mujeres comparten con su pareja masculina la responsabilidad de proporcionar ingresos, pero no comparten con ellos las responsabilidades domésticas. Solo una pequeña porción de las parejas, con educación e ingresos altos, parece disfrutar de una división en la que ambos integrantes comparten las responsabilidades domésticas por igual (12,6 %). Se analiza la asociación entre tipos de matrimonio, formación de familia y comportamientos igualitarios de género mediante una regresión logística multinomial, en la que la variable dependiente es la clase que representa la posición de la pareja en la escala de tradicionalismo de roles de género. Los resultados sugieren que asociaciones más igualitarias pueden ser una realidad más alcanzable para las mujeres casadas formalmente con educación superior.

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Biografía del autor/a

Juliana Mara F. Viana Gandra, Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte-MG, Brasil

Juliana Mara F. Viana Gandra é doutora em Demografia pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pesquisadora no projeto Pesquisa Aplicada para a Construção de Diagnóstico sobre a Organização Social do Cuidado no Brasil - Fiocruz/Cedeplar.

Simone Wajnman, Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte-MG, Brasil

Simone Wajnman é doutora em Demografia pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professora titular do Departamento de Pós-Graduação em Demografia e pesquisadora do Cedeplar/UFMG.

Luciana Luz, Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte-MG, Brasil

Luciana Luz é doutora em Sociologia/Demografia pela Arizona State University. Professora adjunta do Departamento de Demografia da Universidade Federal de Minas Gerais e pesquisadora do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar/UFMG).

Citas

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Publicado

2024-01-13

Cómo citar

Gandra, J. M. F. V., Wajnman, S., & Luz, L. (2024). Tipos de relaciones matrimoniales, roles de género y diferenciales socioeconómicas en Brasil. Revista Brasileira De Estudos De População, 41, 1–24. https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0286

Número

Sección

Artigos originais