Segregación racial y económica en Brasil: un análisis nacional de las desigualdades socioeconómicas y socioespaciales
DOI:
https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0247Palabras clave:
Segregación urbana, Segregación económica y racial, Brasil, Censo demográficoResumen
Este artículo tiene como objetivo analizar la segregación residencial por raza (segregación racial) y renta (segregación económica) en Brasil y explorar su relación con factores socioeconómicos y socioespaciales. La segregación residencial se evaluó utilizando el índice de disimilitud con base en el censo demográfico de 2010 y considerando las secciones censales urbanas ya que la segregación es considerada sociológicamente como un problema urbano. Los resultados para la segregación racial mostraron que esta es más evidente en ciudades del sur y del sudeste de Brasil y que afecta principalmente a la población autodeclarada negra. El enfoque usado para calcular la segregación económica implicó examinar el nivel de ingresos de diferentes grupos de bajos ingresos. Por lo tanto, consideramos que las familias que ganaban entre cero y un salario mínimo son el grupo con mayor vulnerabilidad social. No encontramos correlaciones significativas entre los índices de segregación racial y los de ingresos con factores como la urbanización (tamaño de la población urbana). Finalmente, presentamos los índices de segregación racial estratificando a las familias por umbrales de renta para las 27 capitales brasileñas y concluimos que la renta per cápita de los hogares es un factor preponderante para la segregación de los más pobres, en especial en las familias cuyos habitantes se autodeclaran negros.
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