Considerações sobre a fecundidade da população negra no Brasil

Autores

  • Alicia M. Bercovich NEPO/Unicamp

Resumo

Estuda-se a evolução da fecundidade da população negra no Brasil no período compreendido entre 1940 a 1984. Incorporam-se nesta análise novos elementos e técnicas para reconstrução da evolução da fecundidade geral no período, como também estimativas de fecundidade marital. Isso permite, separar, parcialmente, a influência da idade à primeira união e o celibato nas estimativas de fecundidade elaborando hipóteses sobre controle voluntário do número de filhos e esterilidade nos diversos grupos étnicos. Ao trabalhar com categorias sócio-ocupacionais e níveis educacionais, observa-se que a fecundidade marital é mais ou menos sensível a mudanças de grupo social dependendo da cor dos cônjuges. Isto leva a retornar uma questão antiga no Brasil: em que medida são somente os fatores sócio-econômicos responsáveis pelas diferenças observadas nos indicadores demográficos, ou estas persistiriam ainda para grupos sócio-economicamente homogêneos? Somam-se argumentos em favor desta última posição para o caso da fecundidade.

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Publicado

1989-08-01

Como Citar

Bercovich, A. M. (1989). Considerações sobre a fecundidade da população negra no Brasil. Revista Brasileira De Estudos De População, 6(1), 61–87. Recuperado de https://rebep.org.br/revista/article/view/567

Edição

Seção

Artigos originais