Crescimento demográfico e migrações na transição para o trabalho assalariado no Brasil
Palavras-chave:
Imigração internacional, Transição para o trabalho assalariado, Crescimento demográfico no século XIXResumo
O objetivo deste artigo é discutir a tese segundo a qual, quando da interrupção do tráfego negreiro no Brasil, não existia no país força de trabalho disponível para a expansão da economia cafeeira, e portanto, se não houvesse então as imigrações internacionais, o mercado de trabalho capitalista teria fortes dificuldades para se constituir. A partir da releitura de alguns clássicos da historiografia econômica, como Celso Furtado (1974), Maria Silvia Carvalho Franco (1984) e João M. C. de Mello (1982), e da utilização das informações estatísticas disponíveis, assim como de outras fontes bibliográficas, sugere-se a ampliação do enfoque analítico dominante, a fim de mostrar que a transição para o trabalho assalariado, a regulamentação da propriedade da terra, a política de imigração internacional e a mobilização, em menor ou maior quantidade, da mão-de-obra nativa faziam parte de uma estratégia do Estado – e das oligarquias –, não se restringindo, meramente, a preencher o mercado de trabalho supostamente vazio.
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