Tábuas de mortalidade BR-EMS 2021 do mercado segurador brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0252Palavras-chave:
Tábuas de vida atuariais, Coberturas de morte e sobrevivência, Graduação de mortalidade, Modelo de Heligman-PollardResumo
Este artigo apresenta as tábuas de vida do mercado de seguros privados brasileiro, BR-EMS 2021. Os dados obtidos de 23 grupos seguradores ao longo de 15 anos, totalizando 3,5 bilhões de registros, foram corrigidos por meio de rede neural com duas camadas ocultas. Usando a inferência bayesiana para estimar os parâmetros sob a lei de mortalidade Heligman-Pollard, as tábuas obtidas mostram que a população segurada apresenta probabilidades de morte mais baixas do que a população brasileira em geral e até mesmo em relação a populações nacionais de países desenvolvidos, como os EUA. Além da esperada diferença de gênero nas taxas de mortalidade, há uma clara distância entre as probabilidades de morte dos grupos de cobertura de risco e cobertura de sobrevivência. Da mesma forma, é demonstrado que as tábuas regionais da população segurada não apresentam as discrepâncias regionais conhecidas no Brasil, indicando que fazer parte da população selecionada de segurados está associado a um fator de proteção mais eficaz do que outros fatores, como a região geográfica de residência.
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