Dados, medidas e técnicas indiretas de estimação de mortalidade

Autores

  • Diana Oya Sawyer Cedeplar/UFMG
  • Francisco Martin Castilla Cedeplar/UFMG

Resumo

O trabalho procura, através de aplicações empíricas, verificar a consistência dos resultados de estimativas de mortalidade na infância e adulta, que se basearam em diferentes fontes de dados e técnicas indiretas. Para estimativas de mortalidade na infância foram usados os métodos de Brass, Feeney e Preston-Palloni, A comparação deste último com os dois anteriores é de interesse, pois ele prescinde do pressuposto de fecundidade constante e é adequado para populações abertas. Os dados empegados para os dois primeiros métodos são aqueles do tipo Brass. Para o de Preston-Palloni usaram-se resultados obtidos pela aplicação do Método de Filhos-Próprios. Os dados originais são dos Censos Demográficos de 1970 e 1980. Apesar de procedimentos distintos de alocação no tempo, houve coerência entre as estimativas pelo método de Brass e Feeney. Os resultados por Preston-Palloni não foram satisfatórios, possivelmente pela limitação dos dados provenientes da aplicação dos Filhos-Próprios. Para contornar esta limitação, sugestões de questões a serem incorporadas nos Censos Demográficos são apresentadas ao fim do trabalho Os dados de orfandade materna e dos óbitos ocorridos no domicílio no último ano, incorporados pela primeira vez nos Censos Demográficos em 1980, permitiram que se calculassem probabilidades de morte na idade adulta. Dados do Registro Civil corrigidos, também, foram utilizados para cotejo, especialmente com os óbitos ocorridos no último ano. Tabelas de sobrevivência de dois parâmetros foram construídas e considera-se que os resultados são bastante coerentes. Enfatiza-se a importância da informação sobre os óbitos ocorridos no último ano, por sua potencialidade de vir a ser uma fonte para calcular diferenciais sócio-econômicos da mortalidade adulta, no país. Entre as Tabelas Modelo empregadas, os dados se adequaram mais ao Modelo Brasil. Há indícios de que o padrão de mortalidade no Brasil, apresenta estrutura de mortalidade na infância mais elevada e da adulta mais baixa do que as Tabelas Modelo de Coale e Demeny utilizadas. Há necessidade de melhor se avaliar as fontes de dados com aplicações mais extensivas dos métodos.

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Publicado

1989-12-25

Como Citar

Sawyer, D. O., & Castilla, F. M. (1989). Dados, medidas e técnicas indiretas de estimação de mortalidade. Revista Brasileira De Estudos De População, 6(2), 39–61. Recuperado de https://rebep.org.br/revista/article/view/556

Edição

Seção

Artigos originais