Alforrias e forros em uma freguesia mineira: São José d’El Rey em 1795
Resumo
A base empírica do presente artigo é uma lista nominativa eclesiástica que arrola a população (com sete ou mais anos de idade) da freguesia de São José, Minas Gerais, no ano de 1795. O fato de que cerca da metade da população era composta por escravos atesta a prosperidade da região, cuja economia já se voltava para o abastecimento do mercado interno. Ademais, os 60% de africanos na população mancípua indicam a continuada importância do tráfico negreiro. Por outro lado, os brancos representavam apenas um quinto da população total e menos da metade da população livre, que incluía pessoas de cor nascidas livres e um número substancial de forros. A marcante participação dos forros na propriedade em cativos e no matrimônio consagrado pela Igreja indica o alto grau de integração destes nesta sociedade, até mesmo se configurando como uma das estratégias de manutenção da ordem escravista. Algumas pistas sobre as formas de obtenção de liberdade emergem quando se examina a composição da população forra e do grupo de escravos engajados na compra a prazo das suas cartas de alforria.Downloads
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