Análise dos determinantes da participação no mercado de trabalho dos idosos em São Paulo

Autores

  • Elisenda Rentería Pérez UFMG
  • Simone Wajnman UFMG
  • Ana Maria Hermeto Camilo de Oliveira UFMG

Palavras-chave:

Oferta de trabalho, Idosos, Saúde

Resumo

O objetivo do trabalho é analisar os determinantes da condição de atividade e das horas trabalhadas dos indivíduos de 60 anos e mais que moravam em São Paulo no ano 2000. Entre os determinantes, a condição de saúde é tratada com especial atenção. Os dados provêm da Sabe, uma pesquisa sobre Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento, da Opas. Para controlar o viés de endogeneidade que provém da relação entre o estado de saúde e a participação no mercado de trabalho, foi utilizado o método das Variáveis Instrumentais. Foram utilizadas diferentes medidas de saúde para captar diversos efeitos sobre a oferta de trabalho. Os resultados mostram que, para os homens, são as variáveis econômicas as que apresentam um forte poder de explicação dos modelos de trabalho; já no caso das mulheres, são as variáveis relacionadas à composição familiar. Apresentar uma condição de saúde pior significa menor probabilidade de trabalhar. Para os homens, os resultados da instrumentalização das variáveis de saúde sugerem que o efeito da atividade dos idosos sobre sua saúde é negativo. Isto pode indicar que o trabalho afeta negativamente a saúde, ou pode ser resultado de que os idosos ativos são os mais escolarizados e de maior renda, tendo melhor acesso a serviços de saúde, levando a que os ativos tenham uma melhor percepção dos problemas de saúde.

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Publicado

2006-12-25

Como Citar

Pérez, E. R., Wajnman, S., & Oliveira, A. M. H. C. de. (2006). Análise dos determinantes da participação no mercado de trabalho dos idosos em São Paulo. Revista Brasileira De Estudos De População, 23(2), 269–286. Recuperado de https://rebep.org.br/revista/article/view/217

Edição

Seção

Artigos originais