Transição para a vida adulta na América Latina: 1960-2010
DOI:
https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0161Palavras-chave:
Transição para a vida adulta, Juventude latino-americana, Idade média de entrada no mercado de trabalho, Idade média na primeira união, Idade média ao nascimento do primeiro filhoResumo
A transição para a vida adulta é um tema pouco explorado de forma multidimensional na América Latina. Este artigo busca descrever e caracterizar o processo de mudança na transição de homens e mulheres na região, entre 1960 e 2010. Utilizando dados censitários fornecidos pela plataforma IPUMS para 15 países latino-americanos, foram calculadas as idades médias na transição para a vida adulta, no ingresso no mercado de trabalho, na primeira união e no nascimento do primeiro filho. Conclui-se que houve um processo de postergação da transição para a vida adulta, porém, foi muito mais forte para os homens do que para as mulheres, o que pode ser atribuído aos acontecimentos ligados à transição de cada grupo. Com esses resultados, esperamos encorajar mais investigações sobre a transição para a vida adulta na América Latina.
Downloads
Referências
BARROS, R. P.; MENDONÇA, R.; DELIBERALLI, P.; BAHIA, M. O trabalho doméstico infanto-juvenil no Brasil. Boletim do Mercado de Trabalho − Conjuntura e Análise, n. 17, p. 21-30, 2001.
BILLARI, F. C.; LIEFBROER, A. C. Towards a new pattern of transition to adulthood? Advances in Life Course Research, v. 15, n. 2-3, p. 59-75, 2010.
BILLARI, F. C.; HIEKEL, N.; LIEFBROER, A. C. The social stratification of choice in the transition to adulthood. European Sociological Review, v. 35, n. 5, p. 599-615, 2019.
BILLARI, F. C.; LIEFBROER, A. C. Should I stay or should I go? The impacts of age norms of leaving home. Demography, v. 44, n. 1, p. 181-198, 2007.
BILLARI, F. C.; MANFEDI, P.; VALENTINI, A. Macro-demographic effects of the transition to adulthood: multistate stable population theory and an application to Italy. Mathematical Population Studies, v. 9, n. 1, p. 33-63, 2000.
BILLARI, F. C.; TABELLINI, G. Italians are late. Does it matter? In: SHOVEN, J. Demography and economy. Chicago: Universiyt of Chicago Press, 2010.
BILLARI, F. C. Becoming an adult in Europe: a macro(/micro)-demographic perspective. Demographic Research, v. 3, n. 2, p. 15-44, 2004.
BILLARI, F. C. The analysis of early life courses: complex descriptions of transitions to adulthood. Journal of Population Research, v. 18, n. 2, p. 119-142, 2001.
BUCHMAN, M. The script of life in modern society. Entry into adulthood in a changing world. Chicago: The University of Chicago Press, 1989.
CORIJN, M.; KLIJZING, E. Transition to adulthood in Europe: conclusions and discussion. In: CORIJN, M.; KLIJZING, E. (ed.). Transition to adulthood in Europe. Amsterdam: Springer, 2001.
ESTEVE, A.; LÓPEZ-RUIZ, L.; SPIJKER, J. Disentangling how educational expansion did not increase women's age at union formation in Latin America from 1970 to 2000. Demographic Research, v. 28, article 3, p. 63-76, 2013.
FUSSEL, E.; GAUTHIER, A.; EVANS, A. Heterogeneity in the transition to adulthood: the cases of Australia, Canada and the United States. European Journal of Population, v. 26, n. 3, p. 389-414, 2007.
FUSSEL, E.; PALLONI, A. Persistent marriage regimes in changing times. Journal of Marriage and Family, v. 66, n. 5, p. 1201-1213, 2004.
GRANT, M. J.; FURSTENBERG, F. F. Changes in the transition to adulthood in less developed countries. European Journal of Population, v. 23, n. 3-4, p. 415-428, 2007.
HAJNAL, J. Age at marriage and proportions marrying. Population Studies, v. 7, n. 2, p. 111-136, 1953.
HEATON, T. B.; FORSTE, R.; OTTERSTROM, S. Family transitions in Latin America: first intercourse, first union and first birth. International Journal of Population Geography, v. 8, n. 1, 2002.
LAPLANTE, B.; CASTRO-MARTÍN, T.; CORTINA, C.; MARTÍN-GARCÍA, T. Childbearing within marriage and consensual union in Latin America, 1980-2010. Population and Development Review, v. 41, n. 1, p. 85-108, 2015.
LESTHAEGHE, R. The second demographic transition, 1986-2020: sub-replacement fertility and rising cohabitation – a global update. Genus, v. 76, n. 10, 2020.
LESTHAEGHE, R. The unfolding story of the second demographic transition. Population and Development Review, v. 36, n. 2, p. 211-251, 2010.
LIMA, E.; ZEMAN, K.; SOBOTKA, T.; NATHAN, M.; CASTRO, R. The emergence of bimodal fertility profiles in Latin America. Population and Development Review, v. 4, n. 44, 2018.
LLOYD, C. (ed.). Growing up global: the changing transitions to adulthood in developing countries. Washington: The National Academic Press, 2005.
MAYER, K. U. The paradox of global social change and national path dependencies: life course patterns in advanced societies. In: WOODWARD, A. E.; KOHLI, M. (ed.). Inclusions-Exclusions. London: Routledge, 2001.
IPUMS. Minnesota Population Center. Integrated public use microdata series international: version 7.2. 2020.
MODELL, J.; FURSTENBERG, F.; HERSHBERG, T. Social change and transitions to adulthood in historical perspective. Journal of Family History, v. 1, n. 1, p. 7-32, 1976.
NEIDHÖFER, G.; SERRANO, J.; GASPARINI, L. Educational inequality and intergenerational mobility in Latin America: a new database. Journal of Development Economics, v. 134, p. 329-349, 2018.
SIRONI, M.; FURSTENBERG, F. Trends in the economic independence of young adults in the United States: 1973-2007. Population and Development Review, v. 38, n. 4, p. 609-630, 2012.
VERONA, A. P.; DIAS JÚNIOR, C.; MIRANDA-RIBEIRO, P.; FAZITO, D. First conjugal union and religion: signs contrary to the second demographic transition in Brazil? Demographic Research, v. 33, p. 985-1014, 2015.
WACHTER, K. Essential demographic methods. Cambridge: Harvard University Press, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista Brasileira de Estudos de População

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os artigos publicados na Rebep são originais e protegidos sob a licença Creative Commons do tipo atribuição (CC-BY). Essa licença permite reutilizar as publicações na íntegra ou parcialmente para qualquer propósito, de forma gratuita, mesmo para fins comerciais. Qualquer pessoa ou instituição pode copiar, distribuir ou reutilizar o conteúdo, desde que o autor e a fonte original sejam propriamente mencionados.