O melting pot venezuelano: 1500-1800

Autores

  • Massimo Livi Bacci University of Florence

DOI:

https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0023

Palavras-chave:

Venezuela, População, Missões, Mestiçagem

Resumo

Pouco se sabe sobre a demografia da população nativa da Venezuela dos tempos coloniais. Até meados do século XVII, algumas informações factuais podem ser obtidas por meio das narrativas dos primeiros conquistadores, missionários e colonizadores, assim como de autores do final do período colonial com acesso a fontes de documentos originais. Até meados do século XVII, alguma informação quantitativa foi coletada pelos missionários jesuítas, capuchinos e franciscanos e, na última década do século XVII, pela administração colonial e pelas autoridades religiosas. A população nativa, que era de 200.000 a 500.000 habitantes (estimativas de autores modernos), diminuiu para talvez 120.000 em 1800, de acordo com a estimativa de Hambold. É possível que o declínio inicial tenha se tornado mais acentuado após a primeira pandemia de varíola de 1580 e tenha continuado, em um ritmo mais lento, até a Independência. Como em outras regiões da América Latina, os casamentos eram precoces e quase universais, e a elevada taxa de nascimentos sobre mortes parece indicar um alto potencial de crescimento, interrompido pelas frequentes crises de mortalidade. Uma causa competitiva para o declínio da população nativa foi o processo de mestiçagem intensificado com o aumento da população de origem europeia e africana.

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Biografia do Autor

Massimo Livi Bacci, University of Florence

Emeritus Professor

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Publicado

2017-09-13

Como Citar

Livi Bacci, M. (2017). O melting pot venezuelano: 1500-1800. Revista Brasileira De Estudos De População, 34(2), 199–221. https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0023

Edição

Seção

Artigos originais