Campinas, uma vila colonial (1774-1822)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0033

Palavras-chave:

Escravidão, mortalidade, nupcialidade, natalidade, século XVIII, colonização

Resumo

A agricultura paulista apresentou uma significativa expansão durante o final do século XVIII e início do XIX. Representativa de uma região de grandes propriedades escravistas, Campinas foi a localidade estudada devido à grande riqueza documental, de tal forma que este artigo foi pautado, principalmente, pelo Mapa Geral de Habitantes existente para o período de 1798 a 1822, acrescentando-se informações provenientes das Listas Nominativas de habitantes e dos Registros Paroquiais. Os resultados do estudo mostraram um crescimento demográfico de grande intensidade, sobretudo da população cativa.

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Biografia do Autor

Paulo Eduardo Teixeira, UNESP, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", campus de Marília

Paulo Eduardo Teixeira é doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP). Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências 
Sociais e da graduação da Universidade Estadual Paulista (UNESP) no campus de Marília.

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Publicado

2017-12-20

Como Citar

Teixeira, P. E. (2017). Campinas, uma vila colonial (1774-1822). Revista Brasileira De Estudos De População, 34(3), 567–591. https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0033

Edição

Seção

Artigos originais