https://rebep.org.br/revista/issue/feed Revista Brasileira de Estudos de População 2024-07-07T21:00:43-03:00 Cássio Maldonado Turra - Cedeplar/UFMG (Editor) editor@rebep.org.br Open Journal Systems REBEP - Revista Brasileira de Estudos de População https://rebep.org.br/revista/article/view/2315 Desigualdades regionais na enumeração dos registros de óbitos fetais nos sistemas de informações sobre estatísticas vitais no Brasil 2023-08-22T16:44:24-03:00 Lays Janaina Prazeres Marques laysjpmarques@gmail.com Zilda Pereira da Silva zildapereira@usp.br Marcia Furquim de Almeida marfural@usp.br <p>Este estudo tem por objetivo analisar a variação do número de óbitos fetais informados entre o Sistema de Estatísticas Vitais do Registro Civil (RC) e o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e comparar a tendência da taxa de mortalidade fetal (TMF) de ambos os sistemas no Brasil, para o período 2009-2019. A variação percentual (VP) foi analisada por meio da comparação entre as fontes de dados para os óbitos fetais precoces (&lt;28 semanas) e tardios (≥28 semanas). Os <em>clusters</em> de unidades da federação foram obtidos pelo método <em>k-means</em>. Aplicou-se a regressão linear generalizada de Prais-Winsten na análise da tendência da TMF. O SIM demonstrou percentual de captação 27,7% superior ao RC no período estudado. Houve maior número de óbitos fetais informados no SIM para o Brasil e regiões, em ambos os estratos de óbitos. As regiões Norte e Nordeste apresentaram as maiores VP em oposição às regiões mais desenvolvidas do país, Sudeste e Sul, onde verificou-se uma convergência de 95%. Apesar da redução da VP na década analisada, as estimativas de tendência da TMF permaneceram subestimadas no RC. Conclui-se que a captação dos óbitos fetais foi maior no SIM, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, reconhecidas como as mais vulneráveis do país.</p> 2024-07-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Estudos de População https://rebep.org.br/revista/article/view/2304 Desigualdades no mercado de trabalho brasileiro: uma proposta de conceituação e mensuração do trabalho precário sob a lupa da interseccionalidade 2023-08-08T17:35:45-03:00 Barbara Cobo cobo.barbara@gmail.com Beatriz Menezes Marques de Oliveira biameny@gmail.com <p>A partir do reconhecimento da centralidade do trabalho na vida das pessoas, o presente artigo visa analisar o processo de precarização do trabalho em curso e seus impactos diferenciados sobre os grupos populacionais. O objetivo é identificar como a precarização do trabalho opera sob a perspectiva da divisão sexual do trabalho e da segmentação racial histórica do mercado de trabalho brasileiro. Para tanto, o presente artigo traz uma proposta de conceituação e construção de um indicador multidimensional de trabalho precário, com resultados desagregados por sexo e cor/raça, a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE, para a série histórica 2012-2021. O diferencial do indicador proposto é permitir mensurar a precarização do trabalho em termos de incidência e intensidade da precarização no âmbito das estatísticas públicas oficiais brasileiras disponíveis. Como resultado, embora as mulheres, de uma forma geral, tenham apresentado menores taxas de precarização, elas estão em ocupações mais intensamente precárias do que os homens. Por outro lado, mulheres negras se destacaram como o grupo populacional mais afetado pela precarização em curso, acompanhadas de perto pelos homens negros, evidenciando a importância da análise das desigualdades raciais combinadas às desigualdades de gênero no mercado de trabalho.</p> 2024-07-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Estudos de População